segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Érico Junqueira


ERICO JUNQUEIRA AIRES

Nasceu em Salvador (BA) em 1948 e saiu de lá com destino ao Maranhão aos oito anos, indo diretamente para Balsas. Autodidata, naquela época ainda não havia descoberto o seu talento para o desenho. Foi saber que possuía o dom somente aos 11 anos, andando por uma praça de Caxias e deparando-se com uma banca de revistas. Nunca em sua vida tinha vista nada igual. Aquele mundo de cores e formas através de uma revista, tendo resolvido adquirir a que mais lhe chamara atenção, a (extinta) Amigo da Onça.

Já em São Luís, ainda na adolescência desenhava tudo que pegava, sempre se baseando em sua grande paixão: os quadrinhos. Já rapaz conhece o então ilustrador do Jornal Pequeno e com ele alarga seus horizontes em relação a ilustração. Aos 18 anos, consegue seu primeiro emprego, na Secretaria de Agricultura e é lá que faz seu primeiro trabalho, uma charge na extinta revista Legenda. Ao ver seu trabalho publicado sente um imenso orgulho de si mesmo e busca se aperfeiçoar cada vez mais. Paralelamente ao desenho, estudava e trabalhava. Depois da Legenda publica suas charges na revista Baú de Cartoons e lá conhece o jornalista Cordeiro Filho.

Foi a convite de Cordeiro Filho que Érico participa de sua primeira exposição, na década de 70. Essa mostra foi censurada porque os conservadores da época a acharam imoral.Para adquirir experiência começa a enviar seus trabalhos para salões fora do Estado.

O primeiro foi o Salão Mackenzie de Humor, o qual tomara conhecimento através de O Pasquim. Já na década de 80 envia um cartun para o Salão de Humor do Canadá e tem o prazer de ver seu material publicado no catálogo do Salão. Além dos salões publicou charges em nos jornais cariocas O Pasquim e Hora do Povo, e nos pernambucanos O Povo e Jornal do Commercio.

Participou de centenas de salões de humor espalhados pelo mundo, tendo conquistado cerca de 85 prêmios desde a década de 80. Segundo ele, a média de prêmios é de 10 por ano. Esse ano já recebeu sete e está a espera de alguns outros resultados. Prefere participar de salões internacionais por achar mais interessantes, uma vez que sempre concorre com artistas de vários países. No Brasil, destaca os salões de Piracicaba e do Piauí como os mais importantes. Por conta de seus excelentes trabalhos já foi chamado para participar do júri de um salão até na França.

Sua produção é incessante e não atrapalha sua atuação profissional. É graduado em Engenharia e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual do Maranhão e do Departamento de Desenho Industrial da Federal do Maranhão.

Atualmente uma polêmica gira em torno de um cartunn seu, o qual foi premiado no Rio Grande do Sul. Ele enviou este mesmo trabalho para concorrer em um salão no Oriente Médio, e teria sido plagiado por um artista indiano que participou num salão na Indonésia. A descoberta foi feita pelo próprio salão da Indonésia, que entrou em contato com ele para lhe avisar sobre a “semelhança”.

Fonte: entrevista com o artista

Um comentário:

beeeeeel disse...

que bacana esse espaço que fala tão bem do professor érico. ele merece por que é talentoso mesmo. fui aluna dele. e o país precisa cada vez mais de gente como ele que visa a alegria.